Cinco peças importantes do acervo do Museu do Surf sumiram do Emissário Submarino, no José Menino, em Santos. As pranchas longboards, que foram as últimas a serem feitas pelos irmãos Twins, desapareceram e o idealizador do espaço notou a falta na última sexta-feira (19).
Em entrevista para A Tribuna, o idealizador do museu Diniz Iozzi, conhecido como Pardhal, explicou que o espaço não está aberto ao público e, por isso, iria retirar os itens do acervo. Foi quando descobriu que não estavam mais lá.
“Nós temos parte do acervo guardado no museu. Não está aberto ao público e fomos retirar parte dele, que eram cinco longboards. Pedi um ‘carreto’, o rapaz foi buscar e alegaram que as pranchas foram retiradas pelas Semes (Secretaria Municipal de Esportes)”, comenta.
Em contrapartida, Iozzi alegou que procurou a secretaria e obteve o retorno negando a informação. Além disso, o idealizador afirmou que a Semes também se isentou da responsabilidade pelo acervo.
“Meu principal intuito é divulgar essas pranchas. Pelo tamanho delas, não é fácil esconder e alguém pode vir a público informar que viu em algum local. Estou apelando à comunidade surfista e ao público geral. Para quem ver essas pranchas, nos ajudar a localizar parte da história de Santos”, diz.
As peças são as últimas produzidas pelos irmãos Twins, que foram pioneiros e abriram a primeira ‘surfstore’ do País em Santos. “Não estamos falando de pranchas, mas sim de história”.
A Prefeitura de Santos informou, em nota, que o termo de colaboração firmado com a Associação Santos Surf para uso de peças do seu acervo no Museu do Surfe foi encerrado em 22 de janeiro de 2022.
Por isso, o responsável pela Associação Santos Surf foi notificado pelo Município a desocupar o Museu do Surfe em 9 de janeiro de 2023, na época tinha o prazo de 30 dias. “O descumprimento da notificação exime a Prefeitura de responsabilidade sob qualquer bem da referida Associação deixado no equipamento, que está desocupado desde o início deste ano”, explica na nota.
Ainda segundo a Administração Municipal, a eventual ocupação do local pela entidade ou a permanência de itens no local não foram sequer comunicadas oficialmente.
Além disso, ressaltou que a Secretaria de Segurança de Santos confirmou que a Guarda Civil Municipal (GCM) não registrou furto ou tentativa de invasão no Museu do Surfe, em 13 de abril ou em dias anteriores.
Fonte: A Tribuna