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Documentário conta a história das primeiras surfistas de São Tomé e Príncipe; assista

quarta-feira, 18 de outubro de 2023



São Tomé e Príncipe, segundo menor país da África, é um paraíso natural, mas também um lugar onde 67% da população vive abaixo da linha da pobreza, e apenas 34% das mulheres chegam ao ensino médio, segundo dados oficiais. Apesar do contexto desafiador, o surfe tornou-se uma porta de transformação na vida das mulheres na pequena ilha no Atlântico.



Desde 2020 a ONG SOMA Surf, fundada pela portuguesa Francisca Sequeira, leva lições de empoderamento a jovens mulheres utilizando o esporte como ferramenta. O programa inclui aulas de surfe — no contraturno escolar —, para quebrar o estigma, aumentar a autoestima e as habilidades sociais.


Conta ainda com apoio acadêmico, que visa aumentar o interesse pela escola e criar um ambiente convidativo para o estudo. Oferece também atividades de capacitação, como debates e workshops sobre confiança, e o papel da mulher na sociedade.





"Na realidade destas meninas, o surfe por si só e a terapia de surfe eram apenas o início da mudança de paradigma delas. Ganhamos a confiança da comunidade por meio do surfe e com ele começamos a perceber quais eram as conversas importantes a ter com estas jovens", explica Francisca Sequeira.



Assim como um gesto da empreendedora social transformou a vida das mulheres de São Tomé e Príncipe, outro passo deve dar mais visibilidade não só a elas, como a todas aquelas mulheres negras que surfam em todo o mundo.



Tudo começou quando a agência Coming Soon Lisboa percebeu que não havia mulheres negras surfando nas fotos dos principais bancos de imagens do mundo. Foi aí que as duas histórias se cruzaram. A agência convidou o gigante Shutterstock e a Betclic —- empresa de apostas esportivas — para fotografar essas mulheres e ainda criar um documentário que conta a história delas.



Intitulado de Surfing Through The Odds ("Surfando pelas probabilidades", numa tradução livre), a produção promete contribuir ativamente para a inclusão e representatividade destas mulheres como também estimular outras pessoas que também praticam o surfe ou mesmo se sintam estimuladas a começar.

Fonte: Exame